17 de junho de 2013

Não abra a porta para mim

Na escola, nós aprendemos sobre grandes filósofos, matemáticos, cientistas, etc. Muitos de nós não sabem quem foi Hypatia, Rosa Luxemburgo ou Simone de Beauvoir. Muitos nós não sabem de quem se trata quando o professor de química fala pela primeira vez na Madame Curie. E eu? Eu apenas me pergunto se é assim em qualquer parte do mundo, se nós estranhamente seremos esquecidas pela história. A vida é assim mesmo? Apenas nomes masculinos serão lembrados por muito tempo? Esse maldito esquecimento criou a ideia de inferioridade. Mas eu sempre soube que eu era mais que um pedaço de nada precisando que alguém arrastasse cadeiras e abrisse portas. Quando precisei, contei com a ajuda de pessoas, importa de que gênero elas eram?
Por muito tempo, a sociedade definiu o que todos nós deveriamos ser. Nós esquecemos da força que temos, esquecemos de ser feliz. Esquecemos, porque as ideias do que é ser homem ou mulher foram todas compartimentadas. Da nossa identidade, se é que existiu alguma, não sobrou nenhuma poesia. Mas quer saber? Depois que me destruíram, eu finalmente começei a construir minha verdadeira identidade. Eu não sou a única. Eu conheci muitas pessoas que são como eu e sentem o mesmo. Eu finalmente vi: Eu não estou sozinha. E todos os dias, enquanto me esforço para mostrar que posso ser mais do que aquilo que inventaram de esperar acerca de pessoas do meu gênero, sinto-me feliz por poder pensar, por poder estudar e por estar conseguindo me livrar cada vez mais de todos os preconceitos que aprendi.

30 de dezembro de 2012

Sonhos para o futuro


Não, isso não é um texto de "Feliz ano novo!", um dia desses eu era uma criança chorando por não querer ir pra escola e agora já vou fazer convênio, prestar vestibular e todas essas coisas. Muitas pessoas dizem sentir falta da sua infância, pois bem, eu não consigo ser uma delas. Eu estou feliz pela pessoa que me tornei, pra ser sincera, não consigo pensar no passado quando tenho tanta expectativa pro futuro.
Nos últimos dias tenho visto muitas noticias que me aborreceram de verdade, e quer saber? Eu não decidi se realmente quero ser professora, mas seja lá qual for minha profissão, eu vou vou me esforçar pra ser o melhor que eu posso ser.
Um dia, quando estiver bem velinha espero ver que eu ajudei a construir um mundo melhor do que esse em que vivo hoje. Espero ter me libertado de todos os preconceitos que talvez existam dentro de mim. Sim, todo o ser humano tem os seus, a diferença é que algumas pessoas usam a lógica pra tomar atitudes e não eles. Eu? Bom, me esforço pra ser uma dessas pessoas.
Um dia, eu vou perceber que avançamos cientificamente e tecnologicamente, isso me deixará muito feliz. Mas o que realmente quero é acreditar que um dia seremos humanos melhores. Amaremos mais e julgaremos menos. Não vamos tentar colonizar o outro com nossas ideias, respeitaremos todas as culturas e também respeitaremos seres humanos (mulheres, gays, negros, homens, héteros, brancos, ateus, católicos...), respeitaremos de verdade e não essa hipocrisia toda que vivemos hoje!
E esses são os meus sonhos pro futuro, que quando eu for trabalhar, eu esteja indiretamente gritando: "Acordem! O mundo é mais que isso que ensinaram! Você não precisa ser nada que não queira ser! O governo trabalha pra você e não você que trabalha pra ele, cuidado!" e eu realmente espero que me escutem.

26 de setembro de 2011

O que faz você se sentir bem?


A chuva caindo na janela do carro enquanto você observa cada gota escorrer como se elas tivessem vontade própria. O vestido que você poderia usar mil vezes e ainda desejaria usa-lo. Os fones de ouvido que sempre fazem você viajar por sua vida toda em alguns minutos, é sempre assim, para cada música uma lembrança. Tudo aquilo que as outras pessoas nunca vão entender, mas tudo bem, você não quer que elas entendam, quer apenas que elas não fiquem rindo de você.
Se você gostou de algo, compre! se você gostou de algo, use! E não importa a maneira como vão lhe olhar. Acredite, você será bem mais feliz quando se libertar de tudo isso, de toda essa opinião alheia que nunca acrescentou nada na SUA vida. Sempre vai ter alguém pra fazer você se sentir mal, pra fazer você se sentir diferente, mas não é isso mesmo que você é? E o que tem de errado? Chega de perder tempo.
Passamos muito tempo da nossa infância nos sentindo inferiores, passamos muito tempo pra descobrir que não existe nada de errado em ser diferente. Essa gente ultrapassada nunca vai entender que não importa se são lindos olhos azuis ou um óculos feio, eles sempre serão de alguém com sentimentos, preferencias, esperanças, medos e pensamentos que merecem ser respeitados, né?
Mostrar ao mundo quem você é sempre foi uma tarefa difícil. Talvez você nem lembre mais porque queria tanto isso, mas sabe que ainda quer. É complicado, talvez não se trate do que o mundo vai achar, mas sim de provar que você cresceu e agora ninguém vai rir outra vez de você. Não se trata de ser melhor que a fulana de tal, se trata de ser especial e quem é especial não é comparado, é apenas quem é.

Ps: O que faz você se sentir bem? E o que faz você se sentir especial?

20 de agosto de 2011

Sobre a vida e as pessoas


Tudo começa quando nascemos, ver as pessoas andando, falando e interagindo com o mundo passar um ar de independência e isso se torna um objetivo, um limite que deve ser superado, depois vem muitos outros. Sempre foi assim e eu sei que ainda vai ser por muito tempo.
Passamos uma longa parte da vida nos sentindo presos a alguma coisa, cada um com sua prisão interior... É assim até o dia em que encontramos alguém que faça a gente se sentir livre, apenas um alguém, um ser. O resto são meras tentativas de fuga, apenas tentativas.
A maioria das pessoas assistem histórias inventadas e criam suas proprias teorias sobre o que são mocinhos e o que são vilões. Na realidade, só existem pessoas normais com atitudes corretas ou não.
Também existem as lutas que as pessoas se julgam incapazes de participar, essas são mais conhecidas como medo. Por um lado ele, o medo, por outro o desejo de mostrar ao mundo quem você é. É assim com muitas pessoas, como eu.